quarta-feira, 13 de maio de 2009

Rapaz faz "empréstimo" com Deus e é preso

Seguindo a máxima cristã que prega o dividir entre os mais necessitados, Adaílton Oliveira da Silva de 27 anos aproveitou o final de um culto evangélico para fazer um “empréstimo” ao caixa da igreja. Adaílton, que mora no bairro Jardim Riacho em Contagem, afirmou que não é assaltante e que iria pegar emprestado o dinheiro para quitar algumas dívidas: “achei que não iam dar falta”, reiterou. De acordo com a prª Vilma Maria de Almeida, responsável pela congregação localizada no Bairro Amazonas, em contagem, é a primeira vez em que ela presencia tal “aberração”, termo utilizado por ela ao explicar o ocorrido.

No momento do assalto, a maior parte dos fiéis estava do lado de fora da igreja onde se despediam. Mario de Oliveira, que é um dos músicos e que estava se despedindo, afirmou que “tudo aconteceu rápido demais! Aqui na igreja sempre tem pessoas novas, é impossível, para nós, saber o real interesse delas”. Adaíton aproveitou que a maior parte dos fiéis estavam distraídos e entrou sorrateiramente até o escritório da congregação. No momento em que chegou ao escritório, Adaílton se deparou com Rosangela Alvim, tesoureira da congregação, que perguntou o que ele fazia ali: “achei estranho aquele cara entrando pela porta, mas pensei que estivesse apenas perdido”. Para Rosangela, o rapaz não parecia nervoso e nem nada que pudesse chamar atenção e por isso, não se preocupou em ir atrás para se certificar de que não corriam perigo. A tesoureira ao terminar de contar as ofertas da noite guardou tudo num pequeno cofre e retirou-se da sala após ter trancado a porta.

Adaílton havia se escondido numa sala e logo após a tesoureira se retirar, ele abriu a porta forçosamente e pegou todo o dinheiro da caixinha. Como se não bastasse à ousadia, o assaltante deixou dentro da caixinha um bilhete explicando o motivo do “empréstimo”, que dizia: “Por motivo de força maior, preciso do dinheiro. Não sou ladrão. Por isso estou pegando emprestado do meu pai. Devolvo quando puder.”. Ao sair da congregação, Adaílton esbarrou com Paulo Alcântara Rodriguez e o volume de dinheiro que estava escondido em sua calça veio ao chão. Por azar, Paulo era cabo da polícia militar, que ao avistar a cena, deduziu que se tratava de um furto. Na mesma hora, Paulo deu voz de prisão e solicitou a presença de uma viatura ao local.

Já na delegacia, descobriram que este não foi o primeiro furto de Adaílton, que já havia furtado mais duas igrejas em menos de duas semanas. Ao confessar ter tido participação noutros furtos, o criminoso foi taxativo ao dizer que “não se trata de um roubo, mas sim de um empréstimo”! A prª Vilma Maria de Almeida, responsável pela congregação, afirmou que não irá apresentar uma queixa contra Adaílton. Segundo ela, “todos merecem uma segunda chance, ainda que tenha tentado assaltar a casa de Deus.”

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