quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aplicando a Teoria Crítica da Comunicação na campanha eleitoral de leonardo Quintão

Este trabalho se propõe a fazer uma avaliação de algumas propostas aferidas pelo candidato a prefeito da cidade de Belo Horizonte, Leonardo Quintão (eleições 2008), como explicitado em seu Plano de Governo . Tal avaliação terá como premissa a Teoria Crítica avistada na Teoria da Comunicação Social, onde esta se propõe a fazer uma construção analítica do fenômeno eleitoral e atribuir a que força [ou forças] dentro da sociedade parte as bases do plano de governo deste candidato em questão.

A política partidária feita no Brasil em nossos dias, ainda, recebe como influência, uma herança de corrupção e a sensação de que se ganha o candidato que mais promessas fizer, não importando se elas serão feitas ou não. E com o surgimento da mídia, segundo o contexto atual, a indústria cultural encontrou em nossos dias, um terreno fértil por onde tratou de se fazer valer perante todos os artifícios da retórica. Uma sociedade cansada, que por um longo tempo fora obrigado a viver segundo o viés do militarismo armado, logo depois viveu segundo a orientação de um “bom moço” que decidiu, em nome de todos que era hora de abrir as portas para a economia de mercado. O projeto de estruturação neoliberal teve início. Mas ainda sim, a sensação de ter sido violentado novamente deixava óbvio o desejo de que algo totalmente diferente daquele modelo atual pudesse vir como única solução para a frustração de um povo. Porém, este mesmo povo, mais uma vez, viu a sua última esperança messiânica, a imagem de um sindicalista ferrenho, ser amansado pelo “dono da bola”: o Mercado. E é neste cenário que se apresenta Leonardo Quintão.

Numa matéria do site “O Tempo”, assinada por Amália Goulart, diz:

“O candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte Leonardo Quintão quer ajudar os consumidores de bebidas alcoólicas que vêem-se às voltas com a lei seca - que impede o motorista de dirigir depois de beber. Em seu programa de governo ele promete disponibilizar veículos para levar pessoas alcoolizadas para casa. "Com a Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, é preciso disponibilizar serviços de vans atendendo os usuários das regiões de bares e restaurantes. Certamente, os motoristas simpatizariam com a idéia de deixar o carro em casa, caso um serviço dessa categoria fosse oferecido", diz o texto do programa de governo do peemedebista. Quintão não especifica se o serviço seria pago ou uma cortesia da prefeitura. Por outro lado, o candidato quer reduzir o consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens, segundo seu programa de governo. Esta proposta também não é detalhada.”

Leonardo Quintão, em sua campanha, apresentou como solução para a nova lei do Código de Trânsito, que impede os motoristas de trafegarem após fazerem uso de bebidas alcoólicas, a disponibilização de vans, pela prefeitura, que iriam levar as pessoas alcoolizadas de volta aos seus lares. Notoriamente, esta proposta tem como principal meta a aceitação de uma possibilidade construída apenas para servir como um atrativo, ainda que tal proposta seja completamente nonsense e completamente fora da realidade.

O seu Programa de Governo teve apenas 15 temas que fora considerado prioritário e que pudesse ter alguma relevância em sua candidatura. Porém, o que mais se viu foram propostas como a supracitada em que a baixa qualidade e o bazófio da idéia de que sua eficácia, como prefeito, estava acima de qualquer racionalidade apenas por apresentar jargões vazios enaltecendo, principalmente, a idéia do amor, dá uma clara idéia de que a Indústria Cultural se fez presente em sua candidatura.


¹Por ter sido derrotado, o site no qual se encontrava o seu Plano de Governo do candidato Leonardo Quintão foi retirado da web.

²http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=93491

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